sexta-feira, 25 de julho de 2014

Antes que os pés toquem o céu...

Então sábado será um dia diferente.
Um dia de ver a vida passar em um tela e em alguns minutos sentir o sopro de anos inteiros.
Faltam palavras para descrever...
Com toda gratidão do mundo... só o que eu tenho a fazer agora é esperar...



"Dia 26 agora ponho mais um filho no mundo. Desta vez, um filho meu; um filme meu. E eu que ando parindo tantas ideias dos outros, gosto mais quando trago à luz algo feito por mim, mais autoral, mais honesto. E aí, quando vejo, percebo que foi isso que me tornei: um parteiro. 

O que eu tentei fazer em cada filme até hoje foi isso: estar atento à vida. É a partir desse critério que busco a caligrafia da câmera, o jeito de lidar com a luz, de encarar os personagens. Foi isso que fiz ao filmar a história da Íris e sua família; foi me perguntar: o que afinal de contas tem nessa história de tanta dor, de tanta alegria, de sobrevivência, de um amor e uma doação tão fortes, que só eu poderia ver e, o mais importante, só eu poderia contar.

É assim que nasce um filme. Nasce de uma resposta. Por isso, antes de filmar é preciso saber escrever para traduzir, mesmo que por um instante, a resposta que a vida nos dá. Acredito que é possível filmar como quem escreve: com estilo, elegância, simplicidade e relevância. Foi assim que eu datilografei cada pedacinho desse ANTES QUE OS PÉS TOQUEM O CÉU" 
(Renato Cabral)

Quem não conhece o Renato não pode imaginar o que é sensibilidade no olhar.
Sobre a vida, a morte. O vento, o tempo. O amor e a saudade.
Sobre quem ele acabou de conhecer e sobre quem vai ficar para a vida inteira...
Sobre tudo ele pode falar... com o olhar de quem vê sempre algo a mais... ou aquilo que está a tona mas no desejo de olhar profundo ninguém mais vê...
Este filme é um presente pelos 10 anos da Iris. 
Mas é também um presente para nós...
Eu já contei que a Iris era uma deusa mensageira que levava as mensagens dos homens aos céus e trazia de lá suas respostas.
A nossa Iris é a resposta para todas as nossas perguntas.
Foram dias incríveis filmando, relembrando, sorrindo... percebendo...
Nesse momento só tenho duas certezas:
1- o filme é lindo! mesmo que eu não o tenha visto ainda eu sei disso...
e 2- o amor supera, transforma, faz crescer.... é como o fermento no pão.... como a chuva para a semente... como o sol para a escuridão...
Um dia ou um milênio.... não importa... sei que tudo valeu a pena!




Um comentário:

  1. é bom ser mãe, e as obras de arte que parimos tomam caminhos que nós mães jamais sonharíamos , bom parto!

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